Most Popular Books by Milan Kundera

L''auteur avait tout d''abord pensé intituler ce roman L''âge lyrique. L''âge lyrique, selon Kundera, c''est la jeunesse, et ce roman est avant tout une éopée de l''adolescence ; éopée ironique qui corrode tendrement les valeurs tabous : l''Enfance, la Maternité la Révolution et même - la Poésie. En effet, Jaromil est poète. C''est sa mère qui l''a fait poète et qui l''accompagne (immatériellement) jusqu''à ses lits d''amour et (matériellement) jusqu''à son lit de mort. Personnage ridicule et touchant, horrible et d''une innocence totale ("l''innocence avec son sourire sanglant" !), Jaromil est en même temps un vrai poète. Il n''est pas salaud, il est Rimbaud. Rimbaud pris au piège de la révolution communiste, pris au piège d''une farce noire. -- Back cover.

Lançado na Tchecoslováquia em 1967 e publicado pela primeira vez no Brasil em 1999, este é o primeiro romance de Milan Kundera. Um estudante envia um cartão-postal ironizando o dogmatismo comunista. Punido com anos de trabalho braçal, ele tentará se vingar, mas não sem enfrentar uma série de perguntas: qual a relação entre desejo sexual e ódio? Seria a juventude a "estúpida idade lírica"? O que é a vingança? Pode-se praticá-la quando a História anda tão rápido que um homem já não é hoje o que era ontem? Por que a revolução julga com tanta severidade as brincadeiras? No centro dessa narrativa, contudo, não está a História nem a política, mas sim os enigmas da existência humana. A brincadeira é o primeiro romance de Milan Kundera, celebrado autor de A insustentável leveza do ser. Lançado na Tchecoslováquia em 1967, foi publicado pela primeira vez no Brasil em 1999, pela Companhia das Letras.

Em A valsa dos adeuses, um dos mais celebrados romances do tcheco Milan Kundera, autor de A insustentável leveza do ser, um famoso trompetista se envolve com uma enfermeira num balneário cujas águas supostamente curam a infertilidade. É só o início de uma série de relações imprevisíveis e perigosas. Em um pequeno balneário decadente, oito personagens se ligam de maneiras improváveis. Esterilidade, amor não correspondido, adultério, depressão, aborto: Kundera reúne neste romance todos os elementos que podem perturbar o amor. Pares se encontram e desencontram como se rodopiassem ao som de uma valsa. A música dá partida para o tema inicial do livro: a gravidez indesejada de uma jovem em contrapartida ao desejo de ser mãe que leva as mulheres até a estação de águas. Aos poucos, Milan Kundera nos apresenta a outros pares, a outros temas. E, através desses personagens, o autor levanta questões mais do que nunca atuais, como a ética dos processos de fertilização, a traição entre amigos, os limites da paixão, as armadilhas do ciúme, o despertar do erotismo, a necessidade de tomar as rédeas da própria vida ou morte. Aos poucos Kundera vai desmontando essa ciranda para montar um desfecho surpreendente e ousado.

Nesta que é sua primeira narrativa escrita em francês, Milan Kundera, autor de A insustentável leveza do ser, volta a investigar os limites do romance, mesclando ficção e especulação metafísica, a exemplo de mestres da Ilustração como Voltaire e Diderot. Integrando diversos personagens em planos múltiplos - o próprio autor e sua mulher, um entomólogo tcheco, os personagens de uma novela libertina do século XVIII, o "dançarino" -, Kundera propõe, em A lentidão, uma discussão a um tempo profunda e prazerosa sobre a dificuldade de apreensão do real ante a velocidade da vida moderna, a memória e o esquecimento, o clima frenético de hoje e uma época em se podia retardar o movimento em favor da fruição.

- En un balneario algo trasnochado convergen temporalmente ocho personas cuyas circustancias se van entretejiendo paulatinamente hasta formar, con la precisión de una telaraña, una trama en la que todos, directa o indirectamente, acaban viéndose atrapados : el músico célebre y la hermosa enfermera que quiere quedarse embarazada ; la celosísima esposa del músico y el joven mecánico enamorado de la enfermera ; el ex convicto, víctima de las purgas de su país, que va a despedirse de la muy cerebral Olga ; el ginecólogo, con sus fanfarrones proyectos demográficos ; el rico excéntrico, una versión de santo moderno. La despedida tiene la ligereza y la magia de un vals, de «un sueño de una noche de verano». Pero, tras esta forma intencionadamente frívola, se oculta la pregunta más grave : ¿merece el hombre vivir en esta tierra ? ¿Acaso no hay que «liberar el planeta de la garras del hombre» ? En este sentido, cuesta imaginar algo más glacial y más profundo que la aparente ligereza de Kundera.

- UN ENCUENTRO nos da a conocer a un KUNDERA, en ciertomodo, inédito. En efecto, aunque el autor reflexione, como confiesa al principio del libro, sobre sus «viejostemasexistenciales y estéticos», lo cierto es que en esteapasionado -y apasionante- «encuentro» con algunasobrasmaestras de la literatura, la música y la pintura, el escritorcheco aborda cuestioneshastaahorapoco o nada transitadas en suslibrosanteriores. Así, explora lo que la novela -y sólo la novela, esa «sonda existencial»- puede explicar sobre el ser humano, e indaga asimismo en las repercusiones, no siemprenegativas, que el exilio tiene para el creador (con una emocionantecomparación entre las dos Primaveras del 68, la de París y la de Praga). Tambiéndesentraña el papel de la memoriaante las tragediasdel siglo XX y habla de la lucha desesperada del verdadero artista por asumir lo mejor de la tradición de suarte (con una irónica pregunta sobre lo que la posteridad conserva finalmente de los autores). Por último, sostiene que sólo un análisisa fondo de la composición formal de una obra revela las intencionesestéticas de su autor (y lo demuestra con un breve y fascinanteensayodedicado a KAPUTT y a la que califica de genial «archinovela», LA PIEL, de CurzioMalaparte).

Una brillante disección del amor en nuestros días que se ha convertido en uno de los grandes hitos de la literatura contemporánea. Ésta es una historia de amor, o sea de celos, de sexo, de traiciones y también de las debilidades y paradojas de la vida cotidiana de dos parejas cuyos destinos se entrelazan. Los celos de Teresa por Tomás, el terco amor de éste por ella, opuesto a su irrefrenable deseo de otras mujeres, el idealismo de Franz, amante de Sabina, y la necesidad de ésta, amante también de Tomás, de perseguir una libertad que tan sólo la conduce a la insoportable levedad del ser, se convierten de simple anécdota en reflexión sobre problemas que nos afectan a todos.

- Tal vez por haber sido escritas en el periodo (entre 1959, y 1968) más feliz de la vida de Milan Kundera, según sus propias palabras, estas narraciones son las más alegres, las más seriamente desvergonzadas y las más reflexivamente divertidas de su obra. La farándula de personajes hedonistas que desfila aquí ante nosotros en busca de los juegos múltiples y contradictorios de la amistad, el amor y el sexo no puede sino incitar a la risa, atrapados como están en el mundo loco de severidad, hermetismo e inquisición que les rodea. Una risa auténtica, traviesa ; un humor sabio, sagaz y gozador, al que ya nos tiene acostumbrados el autor de La insoportable levedad del ser.

Publicado logo depois de A insustentável leveza do ser, em 1990, o sexto romance de Milan Kundera é reeditado no Brasil. A partir do gesto que uma mulher faz a seu professor de natação quando sai da piscina, a personagem Agnes surge na mente de um autor chamado Kundera. Como a Emma de Flaubert ou a Anna de Tolstói, a Agnes de Kundera se torna objeto de fascínio e de uma busca insondável. Ao imaginar o cotidiano dessa personagem, o narrador-autor dá corpo a um romance em sete partes, que intercala as histórias de Agnes, seu marido Paul e sua irmã Laura com uma narrativa retirada da história da literatura: a relação de Goethe e Bettina von Arnim. Com seus personagens reais e inventados, Kundera reflete sobre a vida moderna, a sociedade e a cultura ocidentais, o culto da sentimentalidade, a diferença entre essência individual e imagem pública individual, os conflitos entre realidade e aparência, as variedades de amor e de desejo sexual, a importância da fama e da celebridade, e a típica busca humana pela imortalidade. Em um diálogo ficcional entre Goethe e Hemingway, este diz: "Em vez de ler meus livros, escrevem livros sobre mim", ao que aquele responde: "A imortalidade é um eterno processo". Se a morte está presente na trajetória de Agnes, também está na inclusão desses personagens já mortos, mas imortais, do cânone literário. "A morte e a imortalidade", diz Kundera, "formam uma dupla indivisível, mais bela que Marx e Engels, que Romeu e Julieta, que Laurel e Hardy". Com a leitura de sua obra, que explora a fundo os grandes temas da existência humana, podemos afirmar que o autor de A insustentável leveza do ser já garantiu seu lugar no panteão dos imortais. "Brilhante, mordaz, forte, hipnótico." – The New York Times

Proyectar una luz sobre los problemas y a la vez no pronunciar una sola frase seria, estar fascinado por la realidad del mundo contemporáneo y, a la vez, evitar todo realismo, así es la fiesta de la insignificancia. Quien conozca las obras anteriores de Kundera sabe que en el no son en absoluto inesperadas las ganas de incorporar en una novela algo. En la inmortalidad, Goethe y Hemingway pasean juntos durante muchos capítulos, charlan y se divierten. Y en la lentitud, vera, la esposa del autor, dice a su marido. Pero en lugar de ir, con cuidado, en esta novela Kundera ve por fin plenamente cumplido su viejo sueño estético, que puede leerse como un sorprendente resumen de toda su obra. Menudo resumen. Menudo epilogo. Menuda risa inspirada en nuestra época, que es cómica porque ha perdido todo su sentido del humor. ¿Qué más puede decirse? nada. ¡Lean!

- Ludvik Jahn, joven estudiante universitario y activo miembro del Partido Comunista checo, envía a una compañera de clase una postal en la que se burla del optimismo ideológico imperante. La broma no les hace la menor gracia a los dirigentes universitarios y, tras un juicio sumario, expulsan a Ludvik de la universidad y del Partido. Pero, paradójicamente, al caer en desgracia, se abre para Ludvik un mundo aún desconocido. Atrapado entre dos amores, el de Lucie, tierno y desesperado, y el de Helena, apasionado y cínico, Ludvik va, sin embargo, de tropiezo en tropiezo, transformando su vida en un cúmulo de situaciones a cual más grotesca y risible. De hecho, con el paso del tiempo, la vida de Ludvik se convertirá en una enorme broma pesada: ya no podrá culpar al destino, porque ya no puede sino culparse a sí mismo.

- Milan Kundera se sirve a la vez de una novela francesa del siglo XVIII y de una excursión que a él y a su mujer se les antoja hacer a un castillo de Francia convertido en hotel, para ir dando vida a una serie de personajes del pasado y del presente que terminan coincidiendo en un congreso de entomólogos que se celebra en sus salones. Personajes e historias de ayer y de hoy van entrelazándose de tal manera que a nadie sorprendera, por ejemplo, que un hombre enfundado en un casco de motociclista, azorado e impaciente, se aleje en su moto a toda velocidad, mientras otro, con una peluca blanca, adormilado y ensimismado, se sube a una calesa que parece salida de una estampa del pasado : el primero desea sin duda dejar algo tras de sí a toda prisa ; el segundo, en cambio, parece disponerse a rememorar, al paso lento del caballo, la noche que acaba de pasar con la intrigante y seductora Madame de T.

Tal vez por haber sido escritas en el periodo (entre 1959 y 1968) más feliz de la vida de milan kundera, según sus propias palabras, las narraciones que componen el libro de los amores ridículos son las más alegres, las más seriamente desvergonzadas y las más reflexivamente divertidas de toda su obra. La farándula de personajes hedonistas que desfila ante los ojos del lector, todos ellos en busca de los juegos múltiples y contradictorios de la amistad, el amor y el sexo, y envueltos en un mundo lleno de severidad, hermetismo e inquisición, no puede sino incitar a la risa. Una risa auténtica, traviesa; un humor sabio, refinado y gozoso, al que nos tiene ya acostumbrados el autor de la insoportable levedad del ser. Al mismo tiempo que el libro de los amores ridículos, Tusquets Editores saca a la luz otras tres obras de milan kundera en la colección Esenciales: el ensayo el telón (Esenciales Kundera 1), la novela la despedida (Esenciales Kundera 2) y la obra de teatro jacques y su amo (Esenciales Kundera 4). Se inicia así la reedición de todas las obras de milan kundera aparecidas en nuestro catálogo, ahora reunidas en la colección Esenciales.

Wiek XVIII nazywany był wiekiem przyjemności. Przyjemności, której źródło, jak dowodzi Kundera, stanowiła powolność. Dwie pozornie różne historie – z XVII i XX wieku – Milan Kundera splata w pełną niespodziewanych zwrotów akcji powieść, w której to, co społecznie akceptowane oraz niemoralne i pożądane, łączy się w barwną mozaikę. Powolność pod warstwą wysublimowanego poczucia humoru zadaje ważne egzystencjalne pytania. Czy w dążeniu do czegoś ważny jest cel, czy tylko sama droga, jaką pokonujemy, by to osiągnąć? I jak wiele mogą poświęcić i zaprzedać „tancerze”, by przedstawienie mogło trwać? U podstaw tych rozważań leży refleksja na temat współczesności i tajemniczego związku między powolnością a pamięcią. Dlaczego zniknęła przyjemność powolności? Ach, gdzież są niegdysiejsi włóczędzy? Gdzież są owi nieśpieszni bohaterowie ludowych pieśni, łaziki wędrujący od jednego młyna do drugiego i śpiący pod gołym niebem? Czy zniknęli wraz z polnymi dróżkami, wraz z łąkami i polanami, wraz z przyrodą? Czeskie przysłowie określa ich słodkie nieróbstwo metaforą: wpatrują się w okna dobrego Boga. Ten, kto wpatruje się w okna dobrego Boga, nie nudzi się; jest szczęśliwy. W naszym świecie nieróbstwo przemieniło się w bezczynność, która jest czymś zupełnie innym: człowiek bezczynny jest sfrustrowany, nudzi się, wciąż poszukuje brakującego mu ruchu. /fragment/

Kubuś i jego Pan to zabawna, pikantna i wielce przenikliwa „wariacja na temat” wybitnej powiastki filozoficznej Denisa Diderota Kubuś Fatalista i jego pan. Kundera stworzył ją dla – jak sam mówił – „prywatnej przyjemności”, niejako w następstwie sowieckiego najazdu na jego kraj. Gdy „przytłaczająca rosyjska irracjonalność” spadła na Czechosłowację, pisarz poczuł ducha XVIII wieku. „A duch ten nigdzie indziej nie zdawał mi się trwać z taką siłą i w takim stężeniu jak w owej uczcie inteligencji, humoru i fantazji, jaką jest Kubuś Fatalista”. Sztuka Kundery była z powodzeniem wystawiana w krajach byłej Jugosławii, w Grecji, Niemczech i Szwajcarii oraz we Francji. W Stanach Zjednoczonych reżyserowała ją m.in. Susan Sontag. PAN: (...) Wiesz, wczoraj wieczorem, słuchając historii pani de la Pommeraye, rzekłem sobie: czy nie jest to wciąż ta sama, niezmienna historia? Bo przecież pani de la Pommeraye jest tylko kopią Saint-Ouena. A ja jestem jedynie inną wersją twojego biednego przyjaciela Chwata, a Chwat jest tylko odbiciem tej ofermy Markiza. (...) KUBUŚ, w zamyśleniu: Tak, proszę pana, to jak karuzela, co się kręci wkoło. (...) A ja się zastanawiam, proszę pana, czy ten, kto napisał w górze to wszystko, również sam się strasznie nie powtarzał, i czy nie wziął nas zatem za durniów... /fragment/

"Et je me demande : qui a rêvé ? Qui a rêvé cette histoire ? Qui l’a imaginée ? Elle ? Lui ? Tous les deux ? Chacun pour l’autre ? Et à partir de quel moment leur vie réelle s’est-elle transformée en cette fantaisie perfide ?"

Una novela ya clásica en torno al olvido, el erotismo y el humor. Mientras Tamina, una joven viuda en el exilio, quiere recuperar sus diarios íntimos para reconstruir con ellos sus cada vez más vagos recuerdos de su vida matrimonial, Mirek, en Bohemia, trata, en cambio, de recobrar unas antiguas cartas de amor para borrar parte de su pasado. Como dice el propio autor, «es una novela sobre Tamina y, en el momento en el que Tamina desaparece de la escena, es una novela para Tamina. Ella es el personaje principal y el principal espectador y todas las demás historias son variaciones de su historia y se reúnen en su vida como en un espejo».

"Sur l''avenir, tout le monde se trompe. L''homme ne peut être sûr que du moment présent. Mais est-ce bien vrai ? Peut-il vraiment le connaître, le présent ? Est-il capable de le juger ? Bien sûr que non. Car comment celui qui ne connaît pas l''avenir pourrait-il comprendre le sens du présent ? Si nous ne savons pas vers quel avenir le présent nous mène, comment pourrions-nous dire que ce présent est bon ou mauvais, qu''il mérite notre adhésion, notre méfiance ou notre haine ?"

Aussitôt paru dans Le Débat, en novembre 1983, cet article, traduit dans toutes les langues européennes, a sonné comme un plaidoyer et une accusation. Plaidoyer pour la défense de l’Europe centrale (Hongrie, Pologne, Tchécoslovaquie), qui par sa tradition culturelle appartient tout entière et depuis toujours à l’Occident, mais que celui-ci ne voit plus qu’à travers son régime politique, ce qui n’en fait qu’une partie du bloc de l’Est. Une culture qui n’est pas l’apanage d’une élite, mais la valeur vivante autour de laquelle se regroupe le peuple. Une accusation, car la tragédie de ce foyer des "petites nations", qui se savent périssables, est en fait celle de l’Europe elle-même qui ne veut pas le voir et ne s’est même pas aperçue de leur disparition. N’est-ce pas là un des signes de sa propre disparition ? La valeur du texte ne vient pas seulement de son habileté démonstrative, mais de la voix si personnelle, véhémente, angoissée de l’auteur, Milan Kundera, qui apparaît alors comme un des plus grands écrivains européens. Le voilà remis à la disposition du lecteur d’aujourd’hui, présenté par Pierre Nora, et précédé d’un texte inconnu du public français, le discours du jeune Kundera au Congrès des écrivains tchécoslovaques de 1967, en plein Printemps de Prague, présenté par Jacques Rupnik.

Nouvelle édition revue par l''auteur. Nouvelle édition en 2020

Je sais que tu as toujours été un type droit et que tu en es fier. Mais pose-toi une question: Pourquoi dire la vérité? Qu''est-ce qui nous y oblige? Et pourquoi faut-il considérer la sincérité comme une vertu? Suppose que tu rencontres un fou qui affirme qu''il est un poisson et que nous sommes tous des poissons. Vas-tu te disputer avec lui? Vas-tu te déshabiller devant lui pour lui montrer que tu n''as pas de nageoires? Vas-tu lui dire en face ce que tu penses? Eh bien, dis-moi!" Son frère se taisait, et Edouard poursuivit: "Si tu ne lui disais que la vérité, que ce que tu penses vraiment de lui, ça voudrait dire que tu consens à avoir une discussion sérieuse avec un fou et que tu es toi-même fou. C''est exactement la même chose avec le monde qui nous entoure. Si tu t''obstinais à lui dire la vérité en face, ça voudrait dire que tu le prends au sérieux. Et prendre au sérieux quelque chose d''aussi peu sérieux, c''est perdre soi-même tout son sérieux. Moi, je dois mentir pour ne pas prendre au sérieux des fous et ne pas devenir moi-même fou."

I 7 tekster, som kan leses hver for seg, men som likevel henger sammen, diskuterer Milan Kundera sin oppfatning av den europeiske roman. Han knytter sine refleksjoner til blant andre Rabelais, Cervantes, Sterne og Diderot. Boka inneholder også forfatterens berømte ordliste over "seksogseksti ord" hvor han utdyper nøkkelbegreper i sitt forfatterskap. Omtalen er utarbeidet av BS.